"Andam à tua volta para ver por que fresta podem entrar para dentro de ti, da tua vida."
"E lembra-te do provérbio do Almada: «Não metas o nariz na vida dos outros se não queres lá ficar.» Do mesmo modo, não deixes que metam o nariz na tua vida. Caso contrário, vais ficar cheio de gente, com a sua vida escassamente interessante. O tombo da vida vulgar já foi feito por escritores como Camilo. E tenho a impressão de que, no essencial, a vida vulgar continua na mesma."
"O exílio interior, é antes, um voluntário isolamente. Uma deliberada vontade de não participação na vida social, pelo menoas nas suas formas superiores, quando esta rejeita ou reprime a livre expressão do escritor ou do artista. Não se trata, a bem dizer, de uma fuga, mas, antes, de um afastamento para dentro, para o interior".
e aqui ficam alguns excertos deste livro de Alexandre O'Neill, um autor que muitas pessoas desconhecem mas que não deixa de ser bom por isso. neste livro podemos encontrar de tudo. desde textos da vida quotidiana, textos que foram escritos para um jornal, até homenagens a "ídolos" de O'Neill. Embora tenha gostado muito do livro, gosto mais do O'Neill poeta pois há algo de mais surrealista nos seus versos.
"Hoje lê-se muito, lê-se mal e depressa" - Alexandre O'Neill