Mais um daqueles livros que estava perdido na estante. Já o tinha tentado ler uma vez mas não fui bem sucedida. Desta vez foi de vez, afinal uma obra do escritor d’Os Maias tinha que ser lida. E literatura portuguesa faz sempre bem. Mal começamos a passar os olhos pelas páginas lembramo-nos d’Os Maias. As descrições, as personagens com o mesmo nome e o mesmo tipo de tragédia. Só muda o grau de parentesco. Será que Eça vivia numa família problemática?
Para quem gosta do autor, vai concerteza gostar deste livro. Na minha opinião, faz-me um pouco confusão andar a ler 300 páginas sem desconfiarmos de nada e nas últimas 2, o autor mostra qual o mistério, acaba a história e ainda tem tempo para matar uma ou outra personagem. Devo confessar que um fim me desiludiu mas o Sr. Eça é que manda.
Umas pérolas:
“ sua mulher, uma excelente senhora macaísta, deixara-lhe oitenta contos, o que o habilitava - dizia ele – a <ter tipóia e sobrinho>.” Olhem só a diferença dos tempos..oitenta contos…
“ detestava os padres e dizia que todo o homem que aos vinte e cinco anos nem era casado, nem tinha uma amante, era sujo.”
. O Eça