Sexta-feira, 4 de Maio de 2007

walk out of it

More than anything else, however, what he liked to do was walk. Nearly every day, rain or shine, hot or cold, he would leave his apartment to walk through the city - never really going anywhere, but simply going wherever his legs happened to take him.
New York was an inexhaustible space, a labyrinth of endless steps, and no matter how far he walked, no matter now well he came to know its neighbourhoods and streets, it always left him with a feeling of being lost. Lost, not only in the city, but within himself as well. Each time he took a walk, he felt as though he were leaving himself behind, and by giving himself up to the movement of the streets, by reducing himself to a seeing eye, he was able to escape the obligation to think, and this, more than anything else, brought him a measure of peace, a salutary emptiness within.


até agora, está a ser fantástico.

publicado por marina às 22:49
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Domingo, 11 de Março de 2007

Ilusões



Book of Illusions tinha passado alguns meses preso a um certo cepticismo que me impedia de dar corda à sua leitura.
Comecei-o numa das inúmeras visitas à residência mas acabou por ficar de lado. E tão cedo não lhe voltei a pegar. Devo admitir que a minha opinião/curiosidade sobre a escrita de Auster tinha vindo a descrescer quanto mais livros do autor lia. Sabia que não era por mal, não se pode gostar de tudo e talvez o esforço de querer gostar estaria a impedir que tal acontecesse de forma natural. Daí as minhas expectativas não serem elevadas. Mas decidi pegar-lhe e ir até ao fim. E o fim, o fim de tudo é que incitou o começo desta leitura, percebo agora.
Revelou-se uma catarse interior. Com temas ainda demasiado presentes. Despedidas a serem proferidas nas páginas e palavras de Auster. Uma personagem moribunda, às portas do final da vida. E outra que lhe apanha o rasto, através da tragédia que tinha ocorrido na sua própria vida. Ambas as vidas interceptam-se por breves momentos, um acontecimento que já estaria destinado desde o início da história. E ao longo da narrativa vai-se esperando pelo momento em que são partilhados cumprimentos e adeus. Em que uma vida a entrar na morte salva outra. Mistérios que sentem o calor da iluminação e ganham contornos mais visíveis.
Gostei. De uma forma quase obssessiva, gostei. As minhas mãos agarravam-se ao livro que nem garras. Não descansei até pressentir o ponto final. E fez-me apreciar as restantes obras dele que tinham ficado para trás.
Resta saber é se gostei por motivos pessoais ou graças à sua escrita. Quem o ler depois o dirá se a ilusão foi apenas minha.


«Whoever lives too long, dies alive.»

publicado por xary às 18:10
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