Quinta-feira, 28 de Maio de 2009

rio libertino

 

Rio das Flores é uma obra, já best-seller de Miguel Sousa Tavares, e conta a história de uma familia (os Ribera Flores) residente em Estremoz durante as várias geraçoes. A história é nos dada cronológicamente com um espacço de trinta anos, dá-nos a conhecer os pensamentos de cada membro da familia (sobretudo o forte sentimento que têm para com a sua terra, a sua propriedade), assim como as mudanças que ocorreram aos Ribera Flores durante esse tempo. Acompanhando a descriçao da vida das personagens, Rio das Flores  esclarece-nos também sobre o ambiente histórico, politico e cultural que se vivia na epoca, sobretudo através das insitentes viagens de Diogo (em busca do sentimento de felicidade plena) e da luta pela sobrevivencia, na guerra civil, de Pedro.

Apesar de ser um livro grande, o que para mim não é um costume, Rio das Flores prende o leitor, e surpreende-nos com um final inesperado.

 

Aconselho! =)

 

"Parece que o ser humano, como deves imaginar, nunca está inteiramente satisfeito ou saciado com coisa alguma. Mas, se dividirmos as circunstâncias da vida em compartimentos diferentes, como eu penso que deve ser, então sim, estou completamente satisfeito..."

 

" Tenho medo que a liberdade se torne um vicio, enquanto que agora é apenas uma saudade."

 

 

 


publicado por maryjo às 00:02
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Domingo, 26 de Abril de 2009

Distance

Were you to cross the world, my dear,

To work or love or fight,

I could be calm and wistful here,

And close my eyes at night.

 

It were a sweet and gallant pain,

To be a sea apart;

But, oh, to have you down the lane

Is bitter to my heart.

 

 

Dorothy Parker ~ The Portable Dorothy Parker, Death and Taxes


publicado por xary às 17:52
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Segunda-feira, 20 de Abril de 2009

um outro amor

 

Um outro amor. Um outro amor do conhecido vocalista da banda Da Weasel, Pacman. Quem está atento e costuma ler o jornal, Correio da Manhã, conhece as suas crónicas na revista de Domingo. Este livro acaba por ser uma reunião dessas mesmas crónicas. Pacman, fala de assuntos actuais à sua maneira, de um modo descontraído. Refere também, por vezes assuntos da sua vida pessoal. Tem uma escrita simples, nada de complicado. É um livro de leitura bastante fácil e agradável. Para quem gosta de crónicas, crónicas escritas por gente jovem.

Um livro muito interessante que aconselho.


publicado por eli às 21:59
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Domingo, 12 de Abril de 2009

The Sea

 

Às vezes o mar demora a entrar em nós. Há que saber chamá-lo, cantar-lhe uma canção, baixinho, mas num volume suficiente para que lhe afaste a timidez e as ondas cheguem aos nossos pés. Depois ultrapassa-nos, é o nosso corpo que corre ao seu encontro para nele mergulhar.

Confesso que a entrada no mar de Banville não foi de todo fácil ou bem-vinda. Havia expectativas e uma ideia de história já criada na minha cabeça. Queria ser afogada nas suas palavras, fosse de que maneira fosse. Queria ser impressionada. Mas o mar não se deixa impressionar assim, por mera vontade.

 

Nesta obra, a costa retratada por um  narrador de meia-idade, Max Molden, é um local que apela a recordações passadas onde a sua infância foi, durante uns quantos verões, palco de inúmeras descobertas mas também de alguns segredos, portas entreabertas para uma terrível tragédia que irá modificar a vida de todos aqueles por ela tocados, incluindo a de Max.

Após a morte da sua esposa, vencida ao cancro, Max regressa à vila costeira para fazer o seu luto e, com 'sorte' - considera ele -, também a sua própria despedida. É perto desse mar que Max nos conta as memórias que ainda retém do lugar e das pessoas que marcaram a sua vida nessa fase e, possivelmente, em todas as seguintes. É uma viagem feita ao ritmo de marés, por vezes traiçoeiras mas noutras, misericordiosas. Max reflecte sobre o impacto que uma família e os seus filhos gémeos tiveram em si e como, querendo ou não, podemos ser mais influenciados por quem já partiu do que por quem ainda permanece. O narrador acaba, assim, por lidar com as suas próprias noções de presença, o que será que resta quando tudo parte? E em muitos momentos batalha por manter perto o que já há muito não está ao seu alcance. Ancorado no fundo, talvez. Entre lembranças desses verões distantes e dos tempos de luta contra o cancro da esposa, Max tece uma forte ligação entre ambas para chegar a uma compreensão do homem que encontra em si, recolhendo do passado uma absolvição para o seu presente.

 

The Sea pode, a determinadas alturas, tornar-se uma leitura menos fácil mas não deixa de cativar e uma coisa é certa: quando nela mergulhados, a última coisa que se quer é de lá sair.

 

« Memory dislikes motion, preferring to hold things still (…) »

 


publicado por xary às 21:22
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Domingo, 29 de Março de 2009

Em busca do carneiro selvagem

 

Mais um dos muitos livros de Haruki Murakami. Este conta a história anterior à que se desenrola no livro Dança, dança, dança. Desta vez, uma busca por um carneiro que tem uma estrela no dorso. Sabe-se que ele está numa paisagem, como mostra a fotografia. Aquele que é largado pela esposa, conhece a mulher com as orelhas mais lindas e embarcam numa viagem em busca do carneiro. Deixa o seu gato com o motorista que lhe dá o telefone de Deus e que segue as ordens do porta-voz do lider supremo (este já teve o professor carneiro dentro de si). Ficam no Hotel Golfinho até irem para as montanhas em busca do seu amigo rato. Confusos? Good!! Afinal, Murakami não escreve livros que não tenham um pouco de confusão e imaginação à mistura.


publicado por eli às 20:16
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Sexta-feira, 20 de Fevereiro de 2009

Never Let Me Go

 

 

Há uns tempos atrás, houve um buzz enorme à volta desta obra, para qualquer lado que me virasse sabia, conhecia ou lia sobre pessoas que a tinham lido. Durante uns quantos meses, sempre que fazia uma visita à Fnac, ficava intrigada com a sua capa (que não é igual à desta edição que me foi oferecida) mas deixava-a no mesmo lugar da prateleira.  No verão passado recebi-a como prenda de aniversário e só agora me decidi a descobrir what the buzz was all about...

Bem, começa tudo muito simples: há o despontar de uma história que irá, ao longo da obra, percorrer uma determinada cronologia, vão-se desenvolvendo as personagens. Mas nada que puxe especialmente, apenas se sente que algo aí virá e que se deve continuar a desenrolar o fio da curiosidade. É quase feito de forma muito subtil, até. São utilizadas palavras-chave, cujo significado só se compreende melhor nos capítulos finais mas até chegar esse momento, vamo-nos integrando no mundo do colégio Hailsham e dos Estudantes que nele vão sendo criados e que depois de sairem de lá, continuam a agarrar o seu presente a esse passado que lhes pertenceu mas que nunca souberam compreender por inteiro.

Como disse, há uma subtileza que atinge todos os elementos desta obra. Os Estudantes não são necessariamente Estudantes, o Colégio talvez seja algo mais do que isso e todos eles parecem ter objectivos muito específicos para a sua vida. Pode-se até afirmar que toda ela está planeada.

São especiais mas desconhecem até que ponto ou o que os fez assim. Mas sabem e sentem que algo justifica toda a sua existência. E ao longo da obra, principalmente através de Kathy mas também dos seus amigos, essa existência vai sendo erguida e descortinada. Quereriam vocês saber o Verdadeiro Motivo que vos trouxe ao mundo? Saberiam viver depois com isso?

A história prende a cada página. Puxa pela curiosidade e não faz intenções de a deixar em paz. Queremos saber. Queremos saber...

A Kathy também.

 


publicado por xary às 20:40
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Domingo, 11 de Janeiro de 2009

os retornados: um amor nunca se esquece

 

Júlio Magalhães, o conhecido pivot da informação da TVI, estreia-se na ficção com o romance Os Retornados: um amo nunca se esquece.Este livro retrata uma história de amor durante os momentos mais dolorosos que África portuguesa sofreu. Entre 1974 e 1975, muitos foram os portugueses que deixaram Angola para voltar para Portugal. Não porque quisessem mas sim porque não tinham outra solução. Alguns acabaram por voltar para Angola, outros continuaram em Portugal.A personagem principal é Joana, uma rapariga que morava perto do Aeroporto da Portela. Tirou o curso de advogacia e tinha tudo para ser uma boa advogada mas as circunstâncias levaram-na para perto daquilo que sempre quis: hospedeira de bordo. Não sabia que a sua história de amor ia começar num avião.Uma história bonita apesar do período conturbado em que acontece. Um amor nasce, os anos passam e ele sobrevive até ao dia em que se cruzam num avião. Tudo por causa de um ovo estrelado com açúcar.  ;)


publicado por eli às 19:43
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Sábado, 10 de Janeiro de 2009

...

 

Onde Estás é um livro de Fátima Rolo Duarte. Esperava um livro sobre a busca eterna pelo amor ou algo do género. A verdade é que tem uma escrita interessante, mas um pouco confusa e por vezes cansativa o que me desiludiu um pouco.

Apesar de esperar uma obra mais intriseca e promenorizada no que diz respeito a sentires, Fátima Rolo Duarte é contudo uma boa escritora e interessante.

A personagem dela, a qual nunca sabemos nome, tem um gato de estimação e escreve cartas para e sobre os seus amores e sobre aquele que mais a marcou. Onde estás aparece não como uma interrogaçao, mas mais como uma afirmação, como se ela soubesse onde ele está mas não o alcançasse.

 

Deixo então, como de costume, algumas das passagens que mais gostei:

"Tu e eu magoados à espera do paraíso que vejo no teu sorriso. Sei que pensas em mim apenas porque penso em ti."

"Estou na rua com o teu nome. A escrevê-lo para o ter uma vez mais."

"Nunca falei contigo, não te dei palavras minhas, mas acho que guardo saudades dos teus olhos em descanso. De imaginar como rias e dizias,não dizias? ´a mim ninguém me destroi. ´ Nem poderás imaginar como serias feliz ao meu lado."

"Vamos dar um passeiò à chuva, molhados pensamos mais na roupa que trazemos colada a nós."

 

 

 


publicado por maryjo às 19:28
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Terça-feira, 14 de Outubro de 2008

duas irmãs, um rei

 

 

 

Phillipa Gregory escreveu The Other Boleyn Girl ou em português, Duas irmãs, um rei, editado pela Civilização Editora.

 

Duas irmãs, um rei, conta a história da família Bolena e do que fizeram para subir ao trono inglês. Se no inicio, as suas esperanças eram depositadas em Maria Bolena, para que esta seduzisse o rei Henrique VIII e lhe desse o tão desejado herdeiro ao trono, depois passaram para a sua irmã Ana. Uma mulher fria, ambiciosa, disposta a fazer o que fosse preciso para se tornar na Rainha de Inglaterra, ocupando o lugar então de Catarina de Aragão. Conseguiu ser rainha mas o caminho não foi fácil. O herdeiro desejado não nasceu mas sim Isabel. Seguiram-se nascimentos de nados mortos e abortos espontâneos. Ana, a cada dia era mais pressionada para ter um filho, não só pela sua família, como pelo rei que entretanto se divertia com outras damas da corte.

 

A autora descreve as cenas com a maior realidade possível, o que faz com que quase nos sintamos no meio da corte, dos seus jantares e bailes exuberantes.

 

Uma história passada há séculos que pode espantar os leitores com a descrição do ambiente que se vivia na corte. Ou com o tamanho do livro: 640 páginas!

Se quiserem saber mais informações sobre a autora do livro: Philippa Gregory.


publicado por eli às 22:17
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Segunda-feira, 6 de Outubro de 2008

The Favorite Game

 

 

Dificuldade: o que dizer primeiro sobre este livro? Talvez falar do autor. É Leonard Cohen, nome sonante do panorama musical. Artista das palavras, dono de uma sensibilidade sem precedentes. Já conta com uma lista incontável de álbuns e a sua figura como escritor não passou ao lado dos mais atentos. Nas suas obras, sejam prosa ou verso, confirma-se o que as músicas já mostravam: temos Génio. Assim mesmo, com G grande.


Em The Favorite Game, Cohen usa as suas raízes judias e faz de Breavman, a personagem principal da história, um alter-ego assumido. Na sua vida, as mulheres carregam papéis de destaque e são figuras de alta influência; não que isso as torne importantes mas deixam definitivamente a sua marca.

Tudo começa com a sua amiga de infância, Lisa. Brincavam muito juntos, jogos só deles. Diz-lhe a memória que o seu primeiro beijo foi com Ela. Pouco depois os seus caminhos correram para direcções opostas e Breavman passa o resto da sua vida à procura do fio condutor capaz de o devolver a esse tempo de brincadeiras, corpos de crianças escondidos debaixo da cama e segredos no escuro. Não é tanto regressar a Ela mas ao Ele que ficou perdido enquanto crescia.

Com cada mulher que encontra, um pedaço de si fica a descoberto. Com cada mulher que deixa, dá mais um passo em frente. Com cada mulher ,quer ser tudo para elas mas ainda ser muito mais para si, reencontrar o maldito fio vermelho que o mantém ligado ao seu centro.

Pelo caminho deixa a familia, os amigos e as amantes. A sua vida só a ele pertence. Mas no final acaba por se lembrar qual era a brincadeira preferida de Lisa e daí retirar uma bonita metáfora para a vida e as marcas que nela deixamos.


The Favorite Game acaba por ser uma aprendizagem constante sobre o que é ter uma Identidade. E já que tem de se aprender, ao menos que nos divertamos com isso.


(Mas não vos vou dizer qual era a brincadeira, fica um segredo entre as páginas para quem depois quiser saber :P)


publicado por xary às 12:42
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