Quarta-feira, 21 de Março de 2007

humanness

The costumary essences of neroli, eucaliptus and cypress were meant only as a cover for the actual scent that he intended to produce: that was the scent of humanness.

[...]

It was a strange perfume that Grenouille created that day. There had never before been a stranger one on earth. It did not smell like a scent, but like a human being who gives off scent.

Estranho, nao é?;)


publicado por maryjo às 23:42
link do post | comentar | ver comentários (4) | favorito
Segunda-feira, 19 de Março de 2007

[...] ao dispor da fantasia

« Estrangeiro é o lugar onde não se espera ninguém. »

publicado por xary às 21:33
link do post | comentar | ver comentários (4) | favorito
Domingo, 18 de Março de 2007

um romance

um livro que muitos podem não considerar "literário" mas que não deixa de ser bom para quem gosta do género. já se sabe que livro de Nicholas Sparks começa bem, pelo meio algo menos bom acontece e finalmente tudo acaba em bem. este não é excepção.

uma criança, um pai, uma professora que aparece em boa altura e uma morte não resolvida. são alguns dos ingredientes para esta história.

quando ao titulo, ou melhor, quanto à tradução do titulo não concordo muito até porque a meu ver não é feita qualquer promessa para toda a vida. quanto ao original: A bend in the road, este sim tem algo mais a ver e até pode dar algumas pistas sobre o que se irá passar.

é um bom livro para quem não dispensa uma boa história de amor.

 


publicado por eli às 00:01
link do post | comentar | ver comentários (6) | favorito
Sábado, 17 de Março de 2007

a luavezinha

[...]

Era uma avezita que sonhava em seu poleirinho. Olhava o luar e fazia subir fantasias pelo céu. Seu sonho se imensidava:
- Hei-de pousar lá, na lua.
Os outros lhe chamavam à térrea realidade. Mas o passarinho devaneava, insistonto:  vou subir lá, mais acima que os firmamentos. Seus colegas de galho se riram: aquilo não passava de menineira. Todos sabiam: não havia voo que bastasse para vencer aquela distância. Mas o passarinho sonhador não se compadecia. Ele queria luarar-se. Pelo que o tudo ficava nada.
Certa noite, de lua inteira, ele se lançou nos céus, cheio de sonho. E voou, voou, voou. Perdeu conta do tempo. Em certo momento ele não sabia se subia, se tombava. Seus sentidos se enrolaram uns nos outros. Desmaiou? Ou sonhou que sonhava? Certo é que seu corpo foi sacudido pelo embate de um outro corpo.
E pousou naquela terra da lua, imensa savana pétrea. A ave contemplou aquela extensão de luz e ficou esperando a noite para adormecer. Mas noite nenhuma chegou. Na lua não faz dia nem noite. É sempre luz. E o pássaro cansado de sua vigília quis voltar à terra. Bateu as asas mas não viu seu corpo se suspender. As asas se tinham convertido em luar. Com o bicou desalisou as penas. Mas penas já nem eram: agora, simples reflexos, rebrilhos de um sol coado. O pássaro lançou seu grito, esses que deflagrava antes de se erguer nos céus. Mas sua voz ficou na intenção. A ave estava emudecida. Porque na lua o céu é quase pouco. E sem céu não existe canto.
Triste, ela chorou. Mas as lágrimas não escorreram. Ficaram pedrinhas na berma da pálpebra, cristais de prata. A avezita estava cativa da lua, aprisionada em seu próprio sonho. Foi então que ela escutou uma voz feita de ecos. Era a própria carne da lua falando:
- Eu sonhei que tu vinhas cantar-me.
- E porquê me sonhaste?
- Porque aqui não há voz vivente.
- Eu também sonhei que haveria de pousar em ti.
- Eu sei. Agora vais cantar em luar. Eu sonhei assim e nenhum sonho é mais forte que o meu.
É assim que ainda hoje se vê, lá na prata da lua, a pupila estrelinhada do passarinho sonhador.

[...]

publicado por xary às 16:56
link do post | comentar | ver comentários (3) | favorito
Domingo, 11 de Março de 2007

Ilusões



Book of Illusions tinha passado alguns meses preso a um certo cepticismo que me impedia de dar corda à sua leitura.
Comecei-o numa das inúmeras visitas à residência mas acabou por ficar de lado. E tão cedo não lhe voltei a pegar. Devo admitir que a minha opinião/curiosidade sobre a escrita de Auster tinha vindo a descrescer quanto mais livros do autor lia. Sabia que não era por mal, não se pode gostar de tudo e talvez o esforço de querer gostar estaria a impedir que tal acontecesse de forma natural. Daí as minhas expectativas não serem elevadas. Mas decidi pegar-lhe e ir até ao fim. E o fim, o fim de tudo é que incitou o começo desta leitura, percebo agora.
Revelou-se uma catarse interior. Com temas ainda demasiado presentes. Despedidas a serem proferidas nas páginas e palavras de Auster. Uma personagem moribunda, às portas do final da vida. E outra que lhe apanha o rasto, através da tragédia que tinha ocorrido na sua própria vida. Ambas as vidas interceptam-se por breves momentos, um acontecimento que já estaria destinado desde o início da história. E ao longo da narrativa vai-se esperando pelo momento em que são partilhados cumprimentos e adeus. Em que uma vida a entrar na morte salva outra. Mistérios que sentem o calor da iluminação e ganham contornos mais visíveis.
Gostei. De uma forma quase obssessiva, gostei. As minhas mãos agarravam-se ao livro que nem garras. Não descansei até pressentir o ponto final. E fez-me apreciar as restantes obras dele que tinham ficado para trás.
Resta saber é se gostei por motivos pessoais ou graças à sua escrita. Quem o ler depois o dirá se a ilusão foi apenas minha.


«Whoever lives too long, dies alive.»

publicado por xary às 18:10
link do post | comentar | ver comentários (4) | favorito

what do they know?



People think they know so much about you, and they haven't got a clue.

publicado por marina às 15:24
link do post | comentar | ver comentários (4) | favorito
Segunda-feira, 5 de Março de 2007

Odours

"Odours have a power of persuasion stronger than that of words,appearances, emotions or will. The persuasive power of an odour cannot be fended off, it enters into us like breath into our lungs, it fills us up,imbues us totally. There is no remedy for it."


publicado por maryjo às 23:45
link do post | comentar | ver comentários (4) | favorito
Quinta-feira, 1 de Março de 2007

a geisha

 

a curiosidade para ler este livro era muita. ouvi opiniões positivas e negativas. o filme também tinha tido óptimas criticas. comprei o livro determinada a ler antes de ver o filme, assim foi. ainda esperou um pouco na estante mas depois lá o deixei estar entre mãos.

a capa (pelo menos esta) chama muito a atenção. a pele branca, os lábios encarnados e aqueles olhos. os olhos com demasiada àgua. os olhos de uma menina que mal sabia o futuro que lhe estava reservado, mas esta é uma história que embora de certa maneira começa mal, atribulada pelo meio, não poderia ter um finla mais feliz.

Chiyo, começa por ser uma simples criança, filha de um pescador, que com a ajuda da grande Mameha, se irá tornar na famosa Sayuri apesar das tentativas falhadas de a destruir por parte da sua rival, Hatsumomo.

um livro que nos prende a cada palavra, a cada facto que aprendemos sobre este mundo pois embora o livro seja pura ficção, é de certo modo baseado nos conhecimentos que Liza Dalby, a única americana a ter sido gueisha, transmitiu ao autor.

ser gueisha não é no entanto algo que muitas mulheres desejem, pois como diz Mameha: "...we don't  become a gueisha because we want our lives to be happy; we become gueisha because we have no choice."

neste livro damos conta do que é a vida de uma gueisha, quais os sacrificios e o quanto o amor deixa de ter um papel importante pois a elas não lhes é dado esse direito nem o de serem esposas. são apenas as esposas do "depois do anoitecer"...

 

"(...) but now I know that our world is no more than a permanent than a wave rising on the ocean. whatever our struggles and triumphs, however we may suffer them, all too soon they bleed into a wash, just like watery ink on paper."

as metáforas encontradas neste livro são representativas daqueles momentos mais engraçados da história, como o seguinte em que Mameha explica a Sayuri, o acto sexual:

"(...)

 '... Do you know what is meant by "the homeless eel"?'
...
'Men have a kind of ...well, an "eel" on them,' she said.
'Women don't have it. But men do. It's located -'
'I think I know what you're talking about,' I said, 'but I didn't know it was called an eel.'
'... Here's the thing: this eel spends its entire life trying to find a home, and what do you think women have inside them? Caves, where the eels like to live. This cave is where the blood comes from every month when the "clouds pass over the moon," as we sometimes say.'
(...)
'... When they find a cave they like, they wringgle around inside it for a while to be sure that...well, to be sure it's a nice cave, I suppose. And when they've made up their minds that it's confortable, they mark the cave as their territory...by spitting. Do you understand?' "

espero que vos tenha dado a conhecer algo que venham a gostar. é uma hitória lindissima. é verdade...depois vi o filme e.. apesar de ser "pequeno" em relação ao livro (senão teria talvez 4 horas de duração), está batsante fiel e vale muito a pena ver.


publicado por eli às 16:28
link do post | comentar | ver comentários (2) | favorito

.mais sobre nós.

.pesquisar

 

.a firefly lê.

.auto-biografia de bernardo soares, livro do desassossego

.a joana lê.

.nineteen eighty-four, george orwell

.a marina lê.

.never let me go, kazuo ishiguro

.a maryjo lê.

.rio das flores, miguel sousa tavares

.a eli lê.

.cultura, dietrich schwanitz

.a sancie lê.

.little men, louisa may alcott

.a xary lê.

.the portable dorothy parker, dorothy parker

.links.

.Maio 2009

Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab

1
2

3
4
5
6
7
8
9

10
11
12
13
14
15
16

17
18
19
20
21
22
23

24
25
26
27
29
30

31


.posts recentes.

. rio libertino

. Distance

. um outro amor

. The Sea

. Em busca do carneiro selv...

. Never Let Me Go

. os retornados: um amor nu...

. ...

. duas irmãs, um rei

. The Favorite Game

.tags

. todas as tags

.arquivos.

. Maio 2009

. Abril 2009

. Março 2009

. Fevereiro 2009

. Janeiro 2009

. Outubro 2008

. Setembro 2008

. Agosto 2008

. Maio 2008

. Abril 2008

. Fevereiro 2008

. Janeiro 2008

. Dezembro 2007

. Novembro 2007

. Outubro 2007

. Setembro 2007

. Agosto 2007

. Julho 2007

. Junho 2007

. Maio 2007

. Abril 2007

. Março 2007

. Fevereiro 2007

. Janeiro 2007

. Dezembro 2006

. Novembro 2006

SAPO Blogs

.subscrever feeds