Este livro, tem como tema principal a Canábis, uma planta bastante conhecida. Esta nem sempre foi usada com a mesma intenção. Se hoje muitos são os jovens que a fumam à procura de um estado de descontracção, anteriormente era um importante remédio contra doenças e sintomas das mesmas. Muitos foram aqueles que se levantaram em sua defesa e em defesa daqueles que a usavam como medicamento. Graças ao governo uma simples planta com puderes analgésicos passou a fazer parte da lista das drogas proibidas. Quem a quisesse usar por causa dos seus efeitos medicinais tinha que pagar. “Teria o desfecho sido diferente, se uma grande empresa química, com enormes recursos financeiros, tivesse interesses comerciais na canábis?” Talvez…
De acordo com os médicos que escreveram este livro a “marijuana, na sua forma natural, é uma das substâncias terapêuticas activas mais seguras que o homem conhece.” e “ o uso de marijuana no tratamento de glaucoma e de náuseas induzidas pela quimioterapia do cancro.” No entanto, no estado do Luisiana, a marijuana não era disponibilizada legalmente aos pacientes, o que os levava a recorrer a canábis ilegal e pelo menos um deles chegou a ser preso.
Uma história que mostra a realidade absurda da proibição do uso da marijuana é contada brevemente. Kenneth e Barbra Jenks são um casal da Florida, na casa dos 20. Barbra contraiu o vírus da sida através de uma transfusão sanguínea infectada dada ao seu marido hemofílico. Ambos sofriam de náuseas, vómitos e perda de apetite e o médico receava que Barbra morresse de fome antes que a doença a matasse. No inicio de 1989, informaram-se sobre a marijuana, começaram a fumar e durante um ano tiveram uma vida normal, sentiam-se melhor, recuperaram o peso e mantinham-se longe do hospital. Kenneth até manteve o seu emprego. No entanto alguém os denunciou e em 29 de Março de 1990, agentes da brigada de narcóticos, armados, arrombaram a porta da caravana onde os Jenks viviam, encostaram uma arma à cabeça de Barbra e apreenderam duas pequenas plantas de marijuana que plantavam porque não tinham dinheiro para comprar na rua. Na florida, cultivar marijuana é crime e arriscavam-se até 5 anos de prisão. No julgamento, invocaram a necessidade clínica, o juiz rejeitou a defesa e condenou-os a pena suspensa. O caso foi tornado conhecido e obtiveram uma autorização para o uso. Muitos foram os doentes de sida que pediram a mesma autorização.
Em 1991, foi afirmado que os cidadãos que necessitassem iriam ter uma autorização mas o mesmo não veio a acontecer porque “minava a oposição da administração Bush ao uso de drogas ilegais. “Se constasse que o serviço de saúde pública anda por aí a dar marijuana ao pessoal, haveria a percepção de que essa coisa não pode ser assim tão má…. Dá mau aspecto.”
Parece-me a mim que entre dar mau aspecto ou ajudar as pessoas a terem uma vida com dignidade, “acho” que escolhia a dignidade, mas secalhar sou só eu.
Um livro que nos faz ver as coisas de outra forma, ver que uma simples erva pode ajudar pessoas a terem uma melhor qualidade de vida nem que seja nos seus últimos dias.